segunda-feira, 17 de março de 2014

SALTA-POCINHAS

Hoje, à saída de São Bento, o líder do PS, após reunir-se com o PM Passos Coelho, afirmou que é exigível que o país tenha uma saída limpa do programa de intervenção.

Ou seja, mais uma vez o PS volta a mudar a sua posição.

Conforme já referimos em mensagem anterior, a alteração da posição do PS tem sido a seguinte:
1º) Quando não havia sinais positivos da evolução da economia portuguesa, ou seja, até meados de 2013, o PS dizia que a condução da economia portuguesa era de tal maneira desastrosa que nem conseguia fazer com que Portugal tivesse uma saída limpa do programa de intervenção, devendo Portugal renegociar a dívida;
2º) Quando a economia portuguesa começou a evidenciar sinais de recuperação, no último trimestre de 2013, o PS veio dizer que era imperativo que Portugal tivesse uma saída limpa, e caso não acontecesse, isso seria da responsabilidade única do governo e da sua política;
3º) Em fevereiro de 2014, quando as taxas de juros da dívida portuguesa começaram a cair e a aproximar-se dos míticos 4,5% veio o PS logo dizer que não se deveria embadeirar em arco e que Portugal não devia sair de forma limpa, mas que deveria assegurar uma saída com rede (leia-se com programa cautelar);
4º) Hoje, dia 17 de março de 2014, já após do tão famigerado mafinesto dos "70" e da reunião com o PM, veio o líder do PS afirmar, em conferência de imprensa, que Portugal deve ter uma saída limpa, já que os portugueses foram sujeitos a pesados esforços.

Perante tão assimétrico folhetim impõe-se questionat o que quer op PS. Quer saída limpa ? Quer saída com programa cautelar ? Ou quer renegociar a dívida ?

Parece-me que quer tudo e não quer nada. Ou seja, não sabe o que quer.

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