sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

PROGRAMA CAUTELAR

Há cerca de um ano atrás, o PS considerava que Portugal não ia ter programa cautelar mas sim um novo programa de intervenção, dada a trajetória "incontrolada" da economia portuguesa.

Há meses atrás, e já com a informação da melhoria na evolução da economia portuguesa, o PS considerava que, no mínimo, Portugal tinha que sair à Irlandesa. Isto porque, depois de tantos sacrifícios, era o mínimo que o governo poderia desejar e era o que os portugueses poderiam exigir.

Entretanto, o governo manifestou publicamente que a decisão do modo da saída do programa de intervenção só seria tomado lá para Abril de 2014.

Mais recentemente (21-2-2014), o porta voz do PS, em conferência de imprensa, apressa-se a dizer que se Portugal não assinar um programa cautelar (leia-se assegurar uma bóia), arrisca-se a afundar.

Ora, tamanha alteração de opinião leva a concluir que o PS comenta o modo de saída de Portugal, do programa de intervenção da TROIKA, ao sabor da necessidade de mandar bitaites políticos para a imprensa. Sem qualquer consistência de raciocínio, é difícil qualquer português vislumbrar no PS uma alternativa coerente ao atual governo e maioria.

Para além disso, já nem sequer se pode resguardar na expetativa criada pela eleição de Hollande, cujo governo nada satisfaz os franceses e muito menos ajuda a criar expetativas positivas face aos socialistas portugueses.

É que isto da economia não é o que se quer fazer mas sim o que se pode e é razoável fazer.