sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

PRIVATIZAÇÃO DA TAP

Após se ter conhecido o desenlace do processo de privatização da TAP, os sindicatos manifestaram o seu contentamento. Mas será que aos trabalhadores da TAP interessa mais uma TAP pública que privada ?

Sabe-se que a TAP tem um elevado endividamento e um desiquilíbrio operacional, que compromete a sua estabilidade financeira. Para além disso, a empresa necessita de equacionar novos investimentos para expandir as suas operações e, desse modo, almejar perspetivar equilíbro e estabilidade financeira.

Só que para tal a TAP necessita de injeções de dinheiro como do pão para a boca. Ora como o acionista Estado está impossibilitado de o fazer, devido aos constrangimentos da legislação europeia, então só resta à TAP equacionar a redução de custos para aliviar as suas despesas.

E  para a redução de custos é imperioso equacionar a redução de salários ou mesmo o despedimento de trabalhadores (já que não é possível poupar no combustível dos aviões). E como não se perspetiva que a empresa possa no curto prazo ser privatizada, não restará ao  acionsita enveredar por uma estratégia de contenção de custos.

Mais uma vez, os sindicatos alérgicos à iniciativa privada, deveriam ponderar antes de celebrar algo que não deve ser celebrado. Ou seja, se para a privatização da TAP apenas apareceu  um candidato é de desconfiar das qualidades intrínsecas da noiva (TAP). Ou esta não tem potencial ou está gorda demais para interessar potenciais pretendentes.....

Na Europa, a generalidade das empresas de aviação são já privadas. Querer que a TAP permaneça pública é apenas rabujice de quem não sabe as consequências adversas que tal situação pode provocar à empresa e aos seus trabalhadores.


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