sexta-feira, 4 de abril de 2014

TAXAS DE JURO

Vários políticos da oposição referem que um dos elementos a considerar na proposta de reestruturação da dívida seria negociar taxas de juro mais baixas.

Tal proposta, para além de pouco exequível (as taxas de juro de empréstimo não são fixadas administrativamente), revela uma grande dose de demagogia.

Senão vejamos, as taxas de juro atualmente a vigorar para a dívida a 10 anos são equivalentes àquelas que vigoravam no início de 2006, ou seja, bem antes do início da crise financeira de 2008.



Ou seja, Portugal há muito que tem estas taxas de juro, e naquela data, a oposição não se preocupou com o crescente endividamento do país a tais taxas.

Pois é isto que está em causa, proporcionar o clima económico que proporcione crescimento económico, mantendo controlado a despesa pública de modo a travar o crescente endividamento que Portugal registou nas últimas décadas. E para isso esse objetivo, o primeiro passo, implicava promover políticas de contenção da despesa e do défice de modo a que as taxas de juro fossem tendencialmente compatíveis com o financiamento da economia portuguesa.

E esse desiderato começa agora a verificar-se. Em suma, todo o esforço dispendido até agora começará agora a dar frutos, através da possibilidade de a economia portuguesa poder ser financiada e assim proporcionar o tão desejado crescimento económico. Só que agora, sem o anátema do crescimento baseado na despesa pública e no crescente défice público, o qual inevitavelmente, conduziria a nova falência.

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